terça-feira, 21 de abril de 2009

A Imperial Escola Agricola


Em meados do século passado, sob a influência da revolução científico-tecnológica na agropecuária, surgia, na Província da Bahia, a primeira instituição, stricto sensu, de pesquisa agropecuária no Brasil: o Imperial Instituto Bahiano de Agricultura - IIBA, com data de nascimento em primeiro de novembro de 1859. Sua construção, entretanto, somente foi finalizada cerca de quinze anos mais tarde, em 1875, na localidade conhecida como São Bento das Lages em Sao Francisco do Conde - BA.

A ilha de cajaiba um dos mais belos pontos turisticos de sao francisco do conde




A Ilha de Cajaíba está localizada em uma área protegida do litoral norte do Brasil e é banhada pelas águas quentes do Atlântico Sul, onde um dos primeiros proprietários foi o Governador-Geral Mem de Sá. Ali estão guardadas muitas histórias de barões, majestades e mistérios. Em seus tempos áureos, o Engenho Cajaíba foi um dos mais prósperos do Recôncavo e muito contribuiu para o desenvolvimento econômico de São Francisco do Conde.
O Solar, ainda conservado, é um dos mais belos da Bahia e do Brasil, possuindo valioso acervo constituído por mobiliário, louças, porcelanas inglesas e cristais com o brasão do antigo Barão de Cajaíba.
Vista panoramica da ilha de cajaiba


Algumas informaçoes sobre sao francisco do conde




São Francisco do Conde integra a Região Metropolitana de Salvador. Limita-se com os municípios de Santo Amaro, São Sebastião do Passé, Candeias, Salvador e as águas da Baía de Todos os Santos. Sua sede está situada ao nível do mar, com exceção de alguns pontos. A vila foi criada em 27 de novembro de 1697 e a elevação de vila a cidade ocorreu em 30 de março de 1938. Atualmente possui aproximadamente 25 mil habitantes, dos quais 60% vivem na Sede. Sua economia baseia-se na exploração e refino do petróleo e é um dos mais prósperos municípios da Bahia. Dentre os produtos agrícolas, destacam-se a cana-de-açúcar e o cacau.

Além das belezas naturais, reforçadas pela exuberante presença da mata atlântica e pela majestade da Baía de Todos os Santos, o lugar detém rico patrimônio histórico e cultural – herança de um passado de lutas. A cidade é uma das mais bonitas do Recôncavo, com suas ladeiras e o casario que contrastam com a nova orla marítima, totalmente urbanizada – uma ótima opção para o turismo. São Francisco do Conde é uma cidade progressista, que guarda suas tradições de olho num futuro melhor para o seu povo.


Os atrativos turísticos
  • A Igreja de São Gonçalo, padroeiro da cidade, que tem sua festa em 28 de janeiro.
    O Convento de Santo Antônio, por possuir valioso acervo artístico, entre telas, peças sacras, azulejos e outros.
  • A Igreja de Nossa Senhora do Monte.
  • As belas ilhas do Recôncavo, como a Ilha das Fontes, Bimbarra, Maria Guardia e Ilha do Pati, que permitem um passeio náutico, ecológico e deslumbrante.
  • A própria Baía de Todos os Santos.
  • As belíssimas paisagens de Santo Estêvão.


São Francisco do Conde tem também a riqueza cultural, que é mostrada pelas manifestações tradicionais:

  • A Festa de Reis
  • O bumba-meu-boi
  • A corrida de canoas
  • A lavagem das igrejas, em especial a da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia
  • A queima de Judas
  • O carnaval, com atrações tais como: o Lindro Amor, o capa bode, Menino de Lama e de Preto etc.
  • A festa junina

A culinária também é falada por muitos cantos da Bahia. São pratos deliciosos, preparados com dendê e tempero. Em São Francisco do Conde, tanto visitantes quanto moradores podem encontrar os mais incríveis frutos do mar, tais como peixes, siri-mole, sururu, lambreta e outras delícias que podem ser degustadas em vários restaurantes da localidade, que também fazem parte dos atrativos turísticos da cidade.

Sao Francisco do conde no Festival do interior


São Francisco do Conde (BA) - Pertinho da Capital e com belezas inigualáveis. Assim é São Francisco do Conde, a 66 km de Salvador, considerada a pérola do Recôncavo Baiano. Com uma geografia privilegiada, localizada no extremo norte da Baía de Todos os Santos, a cidade é um do ponto turístico importantes da Bahia.Histórias fascinantes como a do malvado Barão de Cajaíba são passadas de geração em geração, e revelam, com riqueza, as tortuosas condições que os negros vindos da África viviam na sede da fazenda, localizada na ilha que fica em frente ao município.

No Festival do Interior, o público poderá conhecer um pouco das reservas naturais, a culinária, o artesanato e os grupos folclóricos de São Francisaco do CondeFiguras importantes do Brasil Império também fazem parte da história local. Umadas iniciativas do governo de Dom Pedro II foi inaugurar a primeira escola agrícola da América Latina cujo prédio hoje se encontra em ruína.
São Francisco do Conde tem muito mais. E tudo poderá ser visto no Festival do Interior, que acontece no Parque de Exposições, entre os dias 05 e 07 de maio. De acordo com o secretário de Turismo, Hendel Reis, a idéia é mostrar no stand de 200 m2, que terá como decoração a Ilha de Cajaíba, as riquezas de um dos municípios mais importantes da Bahia. Uma personagem ilustre de São Francisco do Conde, Maria Domingas dos Santos, será homenageada este ano. Mais conhecida como Maria do Benzer. Filha de escravos, começou a trabalhar desde os 9 anos de idade na roça. Aos 15, aprendeu a fazer uma cocada chamada "Puxa", que se tornaria uma tradição da culinária local. O apelido se deve ao apelo que Maria fazia na Praça da Independência todos os dias, quando chegava para vender as cocadas e gritava: "Quem vai me benzer?" Ela faz parte, de acordo com o professor José Jorge do Espírito Santo, da resistência da Raça Negra.
Durante o evento, o público poderá conhecer um pouco das reservas naturais existentes no local, a culinária, o artesanato e os grupos folclóricos que mostram verdadeiras preciosidades, como o Samba-Chula, apresentação musical considerada patrimônio da Humanidade. "Vamos desmitificar que São Francisco do Conde é somente a terra do petróleo. Aqui, existem muitas coisas boas para fomentar o Turismo", garante o secretário de Turismo. São João - Quanto ao evento mais importante do primeiro semestre do ano, o São João, a prefeitura também está trabalhando para que a festa tenha muito sucesso. A programação é uma das mais extensas do calendário junino na Bahia. Este ano existe uma previsão que cerca de 90 atrações animem o São João de São Francisco do Conde. "Serão sete dias de muita animação, divididos da seguinte maneira: 22, 23 e 24 de junho e 28, 29, 30 de junho e primeiro de julho" finaliza o secretário de Turismo.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Pontos turisticos de Sao Francisco do Conde











Caminhar por São Francisco do Conde é permitir-se um mergulho no tempo e no espaço. Distante apenas 66 km de Salvador, muitas vezes leva o visitante a pensar estar ainda na Bahia colonial, ao se deparar com os imponentes prédios de herança portuguesa e a Igreja de São Francisco. Muda o ângulo e pronto: temos a Ilha Cajaíba bem em frente ao porto do município de menos de 27000 habitantes. Deste modo, pode-se apreciar ainda um reduto de Mata Atlântica. De barco, outra opção, a região que envolve vários manguezais oferece passeios inesquecíveis pelas ilhas da Baía de Todos os Santos.
No passado, quando houve a segunda guerra contra os índios dos rios Paraguaçu e Jaguaripe, Mem de Sá conduziu as tropas até a região onde fica São Francisco do Conde, e demarcou as terras onde ergueria um engenho seu. O conde que se agregou ao nome do santo advém do Engenho do Conde, assim conhecido por ter sido herdado por dom Fernando de Noronha, terceiro conde de Linhares, genro de Mem de Sá.
Do alto da cidade, a gente pode projetar um tempo passado, há cerca de 700 anos, quando por estas paragens, neste pedacinho do recôncavo da Baía de Todos os Santos, os Tupinambás e os Caetés Negros deslizavam em canoas como as que estão agora no cais. Ou talvez imaginar Américo Vespucci, o florentino, navegando em 1 de novembro de 1501 por estas águas e encarregando-se de batizar a vila de São Francisco, a região inteirinha do recôncavo baiano e o golfão descoberto, que nominou como Baía de Todos os Santos, por ser esta
a data em que os católicos comemoram os seus santos todos.


















Riquíssima em manguezais, a região é excelente também para explorar redutos de Mata Atlântica ainda preservados da devastação que ocorreu nos centros urbanos.
Diversos engenhos e casas de farinha do século XVI ao XIX ainda resistem e convidam ao passeio por um Brasil colônia distante no tempo e no espaço deste país do terceiro milênio. Algumas capelas nas fazendas próximas, pertencentes a famílias ricas como a de Clemente Mariani, guardam a arte barroca e setecentista dos primórdios. No século XVIII, houve um censo que registrou em SFC 325 casas, 14 engenhos e 2724 pessoas.
Uma colcha de retalhos de seda e fustão é hoje o retrato urbano de São Francisco do Conde. Entre a rica arquitetura colonial, podemos ver prédios mais simples, como esta igrejinha de Nossa Senhora,










ou palafitas montadas sobre os oleodutos da Petrobrás e casebres miseráveis por toda a periferia. Embora seja a cidade da riqueza do açúcar, no tempo passado, e do petróleo, na atualidade, os ecos da escravidão e da desigualdade de renda assombram ainda a população paupérrima de São Francisco do Conde. Mesmo a cidade apresentando a maior renda percapta do país( R$300.000,00 por pessoa) e a prefeitura recebendo royalties mensais de R$10.000.000,00 (dez milhões por mês!) da Petrobrás, a população não desfruta de saneamento básico, poucas ruas são asfaltadas na periferia, o serviço médico é muito precário e a educação sofrível. Há que se pensar na administração …
É comum vermos a população na janela a olhar a vida passar. Carentes, sem muitas perspectivas, parecem todos personagens do poema
Cidadezinha Qualquer de Drummond.








A Casa da Câmera e Cadeia - construída no século XVIII, fica na Praça da Independência, a poucos passos do cais.
O prédio está em bom estado de conservação e mantém a pintura tradicional das construções lusitanas, mas, apesar da importância histórica, não está tombado pelo patrimônio histórico, como quase tudo em SFC.






A Casa da Câmera e Cadeia - até hoje eu acho graça da ironia da Câmera e da Cadeia estarem juntas - construída no século XVIII, fica na Praça da Independência, a poucos passos do cais.
O prédio está em bom estado de conservação e mantém a pintura tradicional das construções lusitanas, mas, apesar da importância histórica, não está tombado pelo patrimônio histórico, como quase tudo em SFC.







O barroco vai se revelando aos olhos mais atentos, já na fachada principal, quando vemos a concha atrás da imagem do Santo Francisco. Se Gioto pintou toda a catedral de Assis e nos deixa embasbacados e boquiabertos, em SFC é a falta de conservação do patrimônio que nos faz sentir arrepios. A Igreja belíssima precisa de reparos urgentes embora sua fachada esteja em bom estado.

Um pouco da historia de Sao Francisco do Conde




São Francisco do Conde é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população aferida pelo IBGE na contagem de 2008 foi de 31.219 habitantes.[2]
São Francisco do Conde pertenceu ao termo de Salvador até 1697, quando foi emancipado.
É o 3º município brasileiro com maior PIB per Capita.
A arrecadação municipal de impostos ligados à produção e refino de petróleo pela refinaria RLAM, da Petrobras, é de cerca de R$ 200 milhões por ano. (IBGE)
Em que pese este fato, as condições de vida no município se encontram muito abaixo do esperado. Sua taxa de mortalidade infantil se encontra acima do máximo considerado aceitável pela OMS. Não existe tratamento de esgotos no município, e o acesso à água encanada chega a apenas cerca de metade da população. (Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, PNUD, 2003)